segunda-feira, 29 de março de 2010

Jornalismo Esportivo

Por Thatiane Ferrari

Preferido entre a maioria dos estudantes da área, o jornalismo esportivo para muitos resumi-se em futebol. A falta de interesse das mídias e o despreparo dos jornalistas faz com que Paulistão, Brasileirão, Libertadores, Série A e B, Ronaldos e Ronaldinhos sejam alguns dos assuntos que permeiam qualquer site de esportes, sobrando um espaço pequeno para outras informações.

Para quem não se identifica com esta modalidade, muitas vezes passar longe do caderno de esportes e desligar a televisão logo que aparece na tela um apresentador com uma linguagem mais informal é um ritual massacrante.

No ramo televisivo então, temos de acreditar que além do futebol só existe de domingo o vôlei de praia nas areias de Copacabana que de tantos logotipos de patrocinadores fica difícil até identificar os próprios jogadores. Com a exceção dos últimos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver no Canadá que depois de brigas e farpas entre a Rede Globo e a Rede Record, a última conseguiu televisionar o que acabou sendo um tiro certeiro com ótimos índices de audiência, despertando a curiosidade da população em descobrir o que é Bobosleigh, Skeleton e Luge que apesar de nomes não muito familiares, são modalidades esportivas. O problema não é cultural, já que dizer que o povo brasileiro só gosta de futebol é mais um estereótipo criado pela mídia.

Uma coisa é certa, a ausência de algumas modalidades de esporte nos meios de comunicação faz com que muitos patrocinadores não vejam retorno em investimentos financeiros, tornando-se um ciclo de frustração para o esporte brasileiro. Um atleta sem incentivo não poderá dedicar 100% do seu tempo para os treinos, o que o coloca em um nível baixo de competitividade com qualquer outro esportista. O jornalismo esportivo além de informar deveria ter o compromisso de democratizar esta informação, diversificando sua programação e abrindo mercado para outras modalidades, afinal de contas brasileiro não é só samba, cerveja e futebol.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Hasta Siempre

El circo- Arpillera de Violeta Parra

A primeira vez que ouvi falar de Violeta Parra foi quando tirei esta foto em uma exposição de tapetes no Palácio de La Moneda, a grande sede da República do Chile em Santiago. Não tinha noção da força e da inteligência dessa mulher que foi uma grande referência Chilena e até hoje creio que tenha sido a maior propagadora da música e do folclore daquele país.
Violeta cresceu em um berço artístico e aos 9 anos já era musicista.
De bar em bar desenvolveu com a sua família uma carreira consolidada e constituiiu pesquisas valiosas sobre seu país e abriu um universo cultural ainda desconhecido por aquele povo.Violeta casou, descasou, teve muitos filhos e viajou o mundo, estudando, se apresentando, pesquisando ...
Vindo de uma mulher dessas, creio que ninguém esperava uma atitude semelhante a de Chiquinha Gonzaga, mas Violeta era pulsante e se apaixonou por um jovem. A paixão foi arrebatadora e resultou em maravilhosas canções como " Gracias a la vida" e " Volver a los 17" .

Jogos de amor, sedução, ciúmes e uma relação tempestuosa com o músico frânces Gilbert Favre, além de problemas financeiros levaram Violeta ao suicídio com um tiro na cabeça e o violão nas mãos.

Violeta é adjetivo, visceral e o legado deixado a coloca no patamar de uma das maiores artistas sulamericanas. Esquecida e não conhecida de muitos brasileiros, infelizmente as tragédias chamam mais a atenção do que o acervo cultural de qualquer país. Chile vai além de terremotos, Michele e hot dog com abacate...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Uma certa Mutante

Qualquer semelhança comigo não é mera conhecidência ...



Quando eu me sinto um pouco rejeitada
Me dá um nó na garganta
Choro até secar a alma de toda mágoa
Depois eu passo prá outra.